O Blog da Isaurinha

«Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida» S. Kierkegaard

quarta-feira, setembro 05, 2007

My Way

Este blog tem praticamente um ano - Outubro de 2006, marca o seu inicio. Houve tanto, mas mesmo tanto que ficou por publicar... Se por vezes os temas, as entradas, seriam mais que muitas e não havia tempo nem para a organização do que escrever, quanto mais para o redigir, noutras faltou a imaginação, e ainda em tantas outras a motivação.
Hoje dou por encerrado "O Blog da Isaurinha". Quem sabe não hei-de voltar?! No fundo gostava, mas os últimos post's têm sido esforçados e cada vez mais espaçados no tempo. Há quem diga que é preferível retirarmo-nos enquanto ainda mantemos algum nível. Não sei se não chego já tarde demais...
Poucos, tão poucos, são aqueles com quem partilhei alguns desabafos.
Obrigada.
Até sempre! (e o sempre pode ser ainda hoje!). Lel, até já, meu amor!

Esta é uma das minhas canções favoritas, partilho:

My Way (Composição: Paul Anka & Jacques Revaux)

And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain
I've lived a life that's full
I've travelled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way
Regrets I've had a few
But then again too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I planned each chartered course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
Yes, there were times
I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all
And I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed, and cried
I've had my fails, my share of losing
And now, as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way
"Oh no, oh no, not me
I did it my way"
For what is a man, what has he got?
If not himself then he has naught
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows I took the blows
And did it my way
Yes, it was my way

@home (alone)

Nova casa. Novo tecto. Novo lar ainda a ser construído, moldado à nossa imagem.
Já foi a tua casa. Já deu tecto aos sonhos d alguém que não eu.
Hoje veste outra cor. A da felicidade. As paredes enchem-se de nós. Dos nossos sorrisos. Dos nossos retratos, espelho de uma alma que vive em Paz!
Em algum, pouco, tempo, queremos que mais sorrisos se juntem ao nosso, venham inundar este espaço, agora tão vazio. Quero que seja não "este" em concreto, sabes que desejo aquele "outro" que ainda não chegou.
Partes, e tens partido quase diariamente no último mês. Fico aqui, sei que estás comigo, mas eu aqui sozinha, olho em redor...vejo imagens de fantasmas mais presentes que gostaria. Uma dança das cadeiras que teima em não acabar. Corpos em movimento que me tentam intimidar. Não os posso deixar vencer. Luto para os afastar. Mas novamente só, sinto-me frágil, fraca mesmo, e eles surgem como que para me acompanhar. A cada passo, em cada lugar...
Ainda agora aqui estavas, daqui a pouco voltarás..."Pouco"...o tempo é mesmo tão relativo. Há coisas que apenas fazem sentido real, embora as entendamos desde sempre, depois de vividas. A questão da relatividade do tempo é uma delas. No último ano e pouco essa relativização tem sido um desafio na inha vida. Sinto que falta uma eternidade para te voltar a abraçar, a sentir respirar, a beijar... E da próxima, que serão próximas vezes? E quando for eu a partir, a olhar para trás? Que sentirás quando durante o dia eu não estiver, quando à noite eu não chegar. Uma noite e outra noite e mais outra. Sentirás tu a minha falta? A ausência do meu cheiro, do meu corpo que não está? De mim?
Disfuncional. Porquê? Não sei. Porquê que amar, amar sem saber o fim me faz assim ficar?
Vou tentar...Tenho os dias cheios. As noites demasiado longas sem ti a meu lado para me abraçar. Sei que queres que seja eu. Com energia e garra. Lutar, alcançar! Tentá-lo-ei por ti. Sabes como me sinto, sabes o que gostaria de fazer...
Ajuda-me.
Volta depressa para mim!

P.S: Lel, não consigo parar de chorar...(já não sou forte....)